quinta-feira, 6 de setembro de 2012
A tempestade parou. Vamos?
Me sinto como num barco depois de uma tempestade em alto mar... O sol
vem e ilumina os destroços e meu corpo exausto sobre eles. Brilhamos. A
água tão frágil e serena reflete o magnífico sol. Uma enorme sensação
de calmaria toma minha vida, pela qual, o barco é testemunha, eu venho
lutando arduamente durante um bom tempo. Mas ambos sabemos, eu e o
barco, que ainda há muito a se resolver. E talvez, (e disso só a nossa
amiga bipolar, água, pode saber), a tempestade volte. Mais forte,
diferente, mais ou menos destrutiva. E não importa o que eu faça, não
estaremos prontos. Meu pobre barco danificado e eu podemos afundar na
próxima, e eu morreria afogada nos meus próprios medos e decepções. Mas
nada disso importa no momento, pois sobrevivemos à última batalha e isso
nos traz uma força facilmente abalável para lidar com a próxima luta pela vida. Esperanças de que dessa vez o descanso dure
um pouco mais. Meu barco e eu concordamos, uma companhia não faria mal.
A água não é confiável, nem mesmo o barco, ou eu mesma, nem o sol. Mas
talvez você possa ser, pelo menos por enquanto. E por favor, não chore.
Talvez a esperança seja o caminho mais curto para a desgraça, mas talvez
não. E eu vou ficar bem. Vamos ficar. Não importa nada, e agora eu só
preciso de você. Como amigo, como sobrevivente, como semelhante. Estamos
tão perto... Acreditamos nisso juntos. Acreditamos que podemos mudar o
rumo de tudo. Que podemos ser felizes! Agora é hora! É hora de viver,
viver para a arte, viver para a felicidade...
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