sábado, 3 de janeiro de 2015
Piano
Ainda que relacionamentos não combinem com posse, tenho desejado um alguém pra chamar de meu. Em minhas mãos apenas casos por casos. Tenho sido o piano do salão de um bom anfitrião. O que diversas mãos tocam. Bem ou mal. Afinando ou danificando. Me deixaram algumas marcas ao explorarem meu lado mais grave, ao me tocarem com força, ao derramarem coisas em mim. Uns, mãos tão boas, toques tão sutis. Mas ninguém me levou pra casa, ninguém me fez feliz. Fiz barulho, me fechei durante alguns dias. E fiquei aqui. Parado. Cansado. Esperando o próximo vir.
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