De todos os mundos que existem, você quis viver no meu. Com meus baixos escrúpulos, te deixei entrar, abri todas as portas, te ofereci um chá e alguns prazeres fugazes. Mas que hóspede peculiar é você. Não sentou onde devia, arrancou a toalha da mesa, derrubou alguns cristais. E então saiu pela janela, levando um pouco de mim, um pouco da minha paz.
Não te preocupa, não olha pra trás. Tenho feito alguns ajustes, tenho limpado tua sujeira. Uma nova ordem vem sendo instaurada. Mas dessa vez, aparelhos seletivos nas portas. E sem cristais ao alcance dos olhos.
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