sábado, 28 de fevereiro de 2015

Afoito amargor

Me ausento dos meios e dos bons sentimentos. Me encosto nos cantos, disseco paredes. Os combustíveis dessa vivacidade fugaz se esvaem pelo passar das horas, pelo ar, pelo prognóstico da semana seguinte.

Me escuto no silêncio da madrugada, no barulho da geladeira, no ronronar do gato. Tomo uma noite com sabor de amanhã e me retraio, murcho, caio. Durmo, e tento tirar o amargo da boca.

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