Dia desses, embaixo das
cobertas,
Minhas mãos pensaram em ti.
Pensaram em teus fios escuros,
No riso da tua fala,
Pensaram em ti sobre
mim
E ao meu lado,
Pensaram em ti
Calado,
Cantando com o corpo pela sala.
As mãos rápido adormeceram
E de êxtase me vi farto.
Era tudo tu dentro do
quarto.
Mas te vi distante
Tão logo os olhos
Econtraram o eixo.
De consolo, tive o
abraço das paredes,
Que por vezes
Até se assemelham a
ti.
A distinção se dá no
abandono:
Elas jamais se vão,
Jamais te deixam partir.
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