segunda-feira, 12 de agosto de 2013
Em nossas línguas
Em nossas línguas um grande não dizer. E um dizer sem querer. Em nossas línguas todo o desagrado reprimido e o agrado não admitido. Em nossas línguas coisas mortas que não caem no esquecimento de alguns. Em nossas línguas as feridas daqueles que nos ouviram e chatearam-se. E os sorrisos dos que alegraram-se. Em nossas línguas borboletas. Leves, admiráveis. Lindas. Em nossas línguas enormes espadas. Pesadas, intimidadoras. Cortantes. Em nossas línguas o que sabemos. E o que não sabemos também. Em nossas línguas um eterno medo. E uma eterna coragem. Em nossas línguas o sabor da vida.
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