Tantas águas e ares distintos
Num caminhar.
Excitação e desalento.
Tantos graus na lupa
Do meu olhar.
Tento a mira pra frente.
Por vezes sou nem gente.
Por vezes me ajeito
Como quem sai pra casar.
Consegue alguém quebrar
O código de transitoriedade
Obrigatória de aqui estar?
E se o faz,
Que faz então
Da perenidade de tudo?
Ama sempre igual
Com visço na pele
Só sofre o bem
Só ganha o mal.
Que comes?
Açúcar ou sal?
Me peguei escapando,
Revisitando a mim,
Lutando comigo.
Batalha perdida
Contra as idades,
Contra o vento
E tudo que ele move,
Tudo que ele morre
E apaga
E incendeia.
Contra a mais tímida
Chama do tempo,
Nem sopro
Nem choro
Nem areia.