Me faço sempre acordado
Quando a noite não basta.
Suplico calado
Por explosão qualquer
Que me adentre ao peito
Que derrube esta casa.
Penso absurdos em prol do vento
Do giro, do voo
Do furacão da mudança.
Que esta noite jamais amanheça
Ou que amanheça ainda criança.
Que venha então a madrugada sublime
Ou por capricho, que me devore nefasta.
Me farei assim
Sempre acordado
Enquanto a noite não basta.