Desculpe meus silêncios desatentos e meus olhares longíquos. É que eu coleto coisas simples e leves por aí. E disseco e devoro coisas outras. Volto na linha do tempo que passa por mim e costuro por cima dela, desfaço e refaço uns pontos, espeto o dedo na agulha e sangro vez ou outra. Tenho saudades de tempos não tão distantes... Eu os resgato e os penduro em meus ombros sempre que posso. Me perturbam o medo, a saudade, a paixão e eu mesmo. Me consolam os pensamentos de ti, os pensamentos de um futuro bom. Me melhora você aqui, seu jeito, sua graça, seu tom.